sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Trevas.
Caos.
Escuridão.
Meu coração.

[...]


Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar...

Trecho da Musica TRÊS de Composição: Marina Lima / Antonio Cicero, conheci a musica através do cd Maré de adriana Calcanhotto.

domingo, 15 de agosto de 2010

Odisseu e seus calos

Hoje
Meus calos ergueram-se
E criaram ânimos,
Eu sou
o que ora em vão.
E no vão que durmo,
Há cheiro de flores vermelhas,
Há cheiro de lixo branco.
E as cores
se misturam no preto – penumbra.
Que perpassa o meu espírito,
E mostra-me
o arqueiro que sou eu!
Sou eu o homem que fere,
E dilacera o sonho do arco,
Pois Odisseu não mora em Itaca!
Odisséia é sua morada!
É morada
de todos os que sonham
e esquadrinham o progresso.
O verdadeiro
Odisseu nunca retorna a Itaca,
Odisséia é a tua vida!
O arco teu único amigo!


Reinaldo Sousa. 19 de setembro de 2009.

Hoje acordei e sentir vontade de gritar. E meu grito abafado vomitou poemas censurados, por isso republico o desabafo acima.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Desencontro

Reencontro
certos momentos
Em mim os desencontros.
Não há
Um litoral a margem
Dos meus sonhos,
Nem há
Sombra dos oceanos
Permeando as minhas noites
De desilusões.
Mas reencontro nessas águas,
Os sentimentos de dantes.
Como se as forças perdidas nas coxias,
Dos cavalheiros inglórios,
Trouxessem para mim invenções
De um brinquedo moderno,
E do reencontro com os desencontros.

Reinaldo Sousa. 12 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para além de Ti

Eu aprendi a desejar,

Para além dos limites dos homens,

Dos limites da racionalidade,

E até mesmo da integridade.

Sou efeito de uma onda,

Que se quebra nas pedras

De uma praia viajada em sonhos.

Nada real.

Só eu desejo.

E viajo nos sentimentos,

E das sensações alcoólicas.

Eu aprendi a desejar,

Para além do controle,

Para além da racionalidade,

Para além da morte,

E para além de Ti.

.

Reinaldo, 09 de agosto de 2010.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

É PRECISO RELEMBRAR...




ANIMAL

Animal
Bem que quando o seu sangue pensa
É feito um rio que se adensa
Transforma e borda um novo desenho leito-tetas
Incham lábios
E os exercícios sábios somem
E só parece sábia a natureza e o que os bichos comem
Aparenta que não há outra certeza
Enquanto que e quando isso não se contenta
Tenta, tenta, tenta
São coisas da ávida
Que não se finge impávida

Composição: Suely Mesquita e Pedro Luís

domingo, 13 de junho de 2010

O homem

foto de Reinaldo Sousa


em mim vontades,
e ainda acredito!
Mas desconfio,
desconfio das motivações,
e das conversas ausentes.
Sou todos os homens,
machista,
sexualizado,
possessivo,
egoísta e livre,
preso ao útero
e as vezes ao seu leite.

Reinaldo Sousa. 6 de junho de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Ao oito de maio

Tem
certos momentos
certos instantes,
que minha boca seca,
falta desabafos!
Mas grito,
o grito dos calados,
e dos cansados do peso.
Há em meu corpo o reflexo
dos meus olhos,
e não sei omitir meu ódio,
como o meu amor.
Não sei fingir dançar,
nas lagoas de uma felicidade,
que não me alcança.
Apenas esvaneço com as nuvens,
e junto-me nas fumaças dos miseráveis...
Há em mim um ego,
maior que o dos deuses,
Sou maior que Zeus,
Meus raios penetram e destrói almas,
Salvam quando quero.
Isso, não quero mais!

Reinaldo. Sousa. 08 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O poema de VALQUIRIA COSTA

reticências, Virgulas e alguns pontos

Moça,
por favor me perdoe,
os meus pés doem
os meus ouvidos seguem o murmurar das latrinas
É triste.
abri uma lata de sardinhas,
lambuzar maiones no pão de sal
e chamar você pra jantar...,
lá pras tantas oferecer um garapa feio pelo Rei.
Hum! Só ele sabe fazer garapa igual...,
você se lembra?
Moça, juro que não queria te ofender,
juro e juro assim: de dedinhos cruzados
deixei os rastros seguindo adiante e fui...
fui levando o gosto da tua boca
peço desculpas de novo foi sem querer.
É triste.
Ontem vomitei...,
hoje jejuei lembrando de ti
amanhã esquecerei o que vi
Moça, desculpe-me pela canseira e barulho
o suor pingando...,
já tempo de abrir o casulo
e sair cantado
pelas ruas nas tarde de sol.
Moça,
a minha visão vai se alterar
se a garganta não se refrescar
na hora do perdão.

Valquiria Costa. 10 de abril de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Vontade de morrer


Uma vez alguém me disse ter vontade de morrer, fiquei até então estupefato com aquela famigerada exclamação. Mas, hoje fui surpreendido com tal sentimento e, tamanha foi a vontade, que me vi dirigindo um carro e o jogando em um precipício sem fundo. Em mim, os sentimentos são tão forte, que naquele momento cheguei por instante sentir a dor de morrer. Eu sempre acreditei que quando sentimos vontade de morrer, é apenas resultado da própria morte, já se estar morto, a vontade é apenas grito do corpo, querendo apodrecer em paz, sem a esperança de bálsamos e remédios controlados. Eu sempre tive medo da morte, hoje tenho somente medo da dor de morrer, que deve ser parecido com a dor de nascer, pois tamanho é o choque do nascimento que não lembramos do conforto do útero, de que como fomos felizes, por isso hoje vejo a morte como aliada, tamanho deve ser o seu choque que acredito que esqueceremos essa vida, espero entrar no desconhecido, limpo das vivências complicadas deste mundo contraditório, competitivo e acima de tudo cheio de humanos desumanos. Enfim, que a morte seja célere e se houver dor que ela contribua para o desconhecido.
Reinaldo Sousa. 29 de março de 2010.

sexta-feira, 5 de março de 2010

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O feio é lindo

Eu
perpasso e
sonho com o imperfeito,
me transportando
para além das aparecias
grotesca e inacabadas.
Para mim
há no feio mais alma.
Vibra
agradando e desagradando.
e fede os cheiros
dos jugos e de olhares
ignores do que é
absolutamente belo.
Pesadelos tenho
com as essências das flores,
prefiro e
viajo nas almas das pedras,
dos mares negros e
das boca mortas.

Reinaldo Sousa. 26 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

RESTA

"Eu já não sei respirar quando estou ao lado seu
Juro que me falta o ar a paixão bateu
Você é aquela mulher escondida nas letras de tantas canções
Deste lado do rio eu posso ver tudo o que é seu
Delicadeza e mistério que nem você percebeu
Quero chamar sua atenção com as pausas do meu violão
Resta nada resta
Leio o seu nome nas águas do amor que correm a deslizar
Passa tudo passa
Se eu não consigo dizer eu só posso escrever cartas com o olhar
Com o olhar"

Se io riesco a parlare ora che sei con me
è un nuovo modo di usare dimmi tu che cos'è
tu che raccogli il mio cuore senza far rumore
da questo lato del fiume ogni cosa à piu facile
le mani scorrono libere su di te
tu che respire di pause della mia canzone
resta, resta, resta
ora che scrivo il tuo nome sull'acqua del fiume
passa tutto passa
tu non sei una primavera non sei una sera
perchè apro gli occhi e ti trovo ancora?
ti trovo ancora?


Composição: Ana Carolina e Chiara Civello

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sueño Real

Tú eres real!
Quería ser un sueño!
Yo prefiero los sueños!
Por entre los carriles,
Puertas de los sueños
Hay puertas muerto!
Y en ellos con los productos,
Para las llegadas tempranas.
Vivir bien.
Soñar la realidad.
Los sueños
de los callejones y
las puertas de
Sueños de llegadas y salidas.
Tú eres real!

Reinaldo Sousa. 24 de novembro de 2009.
Tradução realizada em 04 de fevereiro de 2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu
estou
cheio,
cansado
e farto
dessa vida
vazia!

sábado, 9 de janeiro de 2010

2010

Eu tentei fazer um balanço de 2009 na entrada do ano corrente, mas como muitos que se dizem afetados pela crise, não tive um ano bom, aliás, há tempos que meus anos têm se passado sem ao menos eu sentir mudanças, tanto em meus movimentos, os sociais, quanto a meu movimento de vida pessoal.
É bem verdade que em alguns pontos alcei vôos altos, principalmente no que tange ao relacionamento amoroso, vivi coisas que certamente me possibilitará agir e reagir diante das emoções do amor, pisarei nesse terreno, mas seguro da bota que uso. Também, não posso reclamar de conquistas fraternas, conquistei para a vida amigos que prefiro não citar, mas que eles lendo esse texto saberão se contemplarem. De resto, o ano de 2009, foi um ano igual aos outros 26 anos de minha vida.
Que venha 2010. Engraçado, sempre fui um pouco sensitivo, talvez até intuitivo e normalmente, quase que sempre, minhas intuições não falham. Desde 2008, eu tenho afirmado que 2010 será meu ano, tenho aprendido que a palavra tem sua força e que quando proferida não volta vazia, além de ecoar eternamente no universo. Por isso, aprendi a arte de falar pouco. Estou pouco inquieto, pois sempre fui muito ansioso e consecutivamente padeci os resultados dessa anomalia. Mas confesso que espero a cada dia do ano corrente que se passa a “noiva” como se fosse um noivo no altar. Hoje é nono dia do ano, engraçado nove não é meu numero da sorte, mas finalmente, estamos em 2010, ano em que minha intuição diz que será um marco em minha vida.

Reinaldo Sousa. 9 de janeiro de 2009

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

QUASE UM FILHO



Foto: Reinaldo Sousa