quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A voz dela

Em mim
há calafrios
quando ouço certas vozes,
sinto em minhas espinhas
os verdadeiros sentidos dos diálogos.
Ainda,
me acostumarei
com as vozes
macias das amantes e das viúvas,
que cheiram a leite e a sexo.
Terei que percorrer as vias,
e os caminhos
que dão para as falácias
de vozes tão meigas,
que ardem meu intimo
e fere meus ouvidos.
Chego a sentir frio
e minhas mãos ficam molhadas
ao sentir entrar na porta dos sons
a voz dela.

Reinaldo Sousa. 26 de novembro de 2009.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

La desaparición

No camine
pensando que me parece,
si me escondo.

Mi memoria caché,
no sólo en los agujeros
están vinculados en las puertas,
que sólo el diablo y sus ángeles tienen la clave.

No camine
Pensé que era,
si me escondo.

Atajos
ocultos en el bosque,
están sumergidos por el mar
sólo Iemanjá y su tiene la llave.

No camine
Pensé que era
si me escondo.

Los cementerios
Las tumbas mirada oscura y son.
Están encerrados en el silencio,
Que sólo yo tengo la llave.

No camine
Pensé que era
si me escondo.


Reinaldo Sousa. 12 de maio de 2009
Tradução para o Espanhol realizada em 25 de novembro de 2009.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonho real

Você é real!
Quisera ser um sonho!
Prefiro os sonhos!
Pois entre becos,
Portas para sonhos,
Há becos sem portas!
E nelas encontro às saídas,
Chegadas para os inícios.
Vivo assim.
Sonhando o real.
Sonhos de becos e portas,
Sonhos de chegadas e saídas.
Você é real!

Reinaldo Sousa. 24 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

GRANDES AMORES...

Foto de Reinaldo Sousa

Na foto Sra. Sousa e Ronald Sousa

domingo, 8 de novembro de 2009

POEMA DA GRANDE ALEGRIA

“Olhavas-me tanto e estavas tão perto de mim que, no meu êxtase, nem sabia qual fosse cada um de nós... Era num lugar tão longe que nem parecia neste mundo... Num lugar sem horizontes, onde sobre águas imóveis, havia lótus encantados... Vinham de mais longe, de ainda mais longe, músicas sereníssimas, imateriais como silêncio... Músicas para se ouvirem com a alma, apenas... E tudo, em torno, eram purificações... Não sei para onde me levavas: mas aqueles caminhos pareciam os caminhos eternos que vão até o ultimo sol... E eu me sentia tão leve como o pensamento de quem dorme... Eu me sentia com aquela outra vida que vem depois da vida... Eleito, ó Eleito, eu queria ficar sonhando para sempre, queria ficar, para sempre, tão perto de ti que, no meu êxtase, nem se pudesse saber qual fosse cada um de nós...”.
Cecilia Meireles.
Nunca sentir tanto lendo um texto...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Saudades do que não lembro

Eu
sempre tenho
saudades do que não lembro.
Das nuvens
negra do inverno nas montanhas.
Da água salgada
revolta em mar aberto – deriva.
Das imagens,
mergulhos profundos.
Do sete
mares do aventureiro.
Há saudades
dos mares que desconheço,
E há lembranças,
dos mares viajados – experimentados,
A despeito,
continuo sentindo
saudades do que não lembro,
e volto aos mares.

Reinaldo Sousa. 03 de novembro de 2009.