sábado, 8 de maio de 2010

Ao oito de maio

Tem
certos momentos
certos instantes,
que minha boca seca,
falta desabafos!
Mas grito,
o grito dos calados,
e dos cansados do peso.
Há em meu corpo o reflexo
dos meus olhos,
e não sei omitir meu ódio,
como o meu amor.
Não sei fingir dançar,
nas lagoas de uma felicidade,
que não me alcança.
Apenas esvaneço com as nuvens,
e junto-me nas fumaças dos miseráveis...
Há em mim um ego,
maior que o dos deuses,
Sou maior que Zeus,
Meus raios penetram e destrói almas,
Salvam quando quero.
Isso, não quero mais!

Reinaldo. Sousa. 08 de maio de 2010