Meus calos ergueram-se
E criaram ânimos,
Eu sou
o que ora em vão.
E no vão que durmo,
Há cheiro de flores vermelhas,
Há cheiro de lixo branco.
E as cores
se misturam no preto – penumbra.
Que perpassa o meu espírito,
E mostra-me
o arqueiro que sou eu!
Sou eu o homem que fere,
E dilacera o sonho do arco,
Pois Odisseu não mora em Itaca!
Odisséia é sua morada!
É morada
de todos os que sonham
e esquadrinham o progresso.
O verdadeiro
Odisseu nunca retorna a Itaca,
Odisséia é a tua vida!
O arco teu único amigo!
Reinaldo Sousa. 19 de setembro de 2009.
Hoje acordei e sentir vontade de gritar. E meu grito abafado vomitou poemas censurados, por isso republico o desabafo acima.