quarta-feira, 28 de abril de 2010

O poema de VALQUIRIA COSTA

reticências, Virgulas e alguns pontos

Moça,
por favor me perdoe,
os meus pés doem
os meus ouvidos seguem o murmurar das latrinas
É triste.
abri uma lata de sardinhas,
lambuzar maiones no pão de sal
e chamar você pra jantar...,
lá pras tantas oferecer um garapa feio pelo Rei.
Hum! Só ele sabe fazer garapa igual...,
você se lembra?
Moça, juro que não queria te ofender,
juro e juro assim: de dedinhos cruzados
deixei os rastros seguindo adiante e fui...
fui levando o gosto da tua boca
peço desculpas de novo foi sem querer.
É triste.
Ontem vomitei...,
hoje jejuei lembrando de ti
amanhã esquecerei o que vi
Moça, desculpe-me pela canseira e barulho
o suor pingando...,
já tempo de abrir o casulo
e sair cantado
pelas ruas nas tarde de sol.
Moça,
a minha visão vai se alterar
se a garganta não se refrescar
na hora do perdão.

Valquiria Costa. 10 de abril de 2010

2 comentários:

Julio disse...

Um belo poema!

í-n-e disse...

O amor nos leva a perdoar o imperdoavel ^^
gostei daqui