Quem me dera,
que ao fechar os olhos,
eles não abrissem mais.
Fechassem para luzes perversas da claridade,
e abrissem para sombras ausências do escuro.
Quem me dera,
que minha cama tragasse meu corpo,
e ele não sentisse mais frio ou calor.
Fechassem meus sentidos para o mundo,
e abrissem minha carne para os germes.
Quem me dera,
não ser importunado na minha tumba,
pois eu tenho medo de dormir e acordar.
Reinaldo Sousa. 15 de março de 2009
Um comentário:
Os homens vivem importunados pelos seus desejos, meu amigo. Quando se recorre a uma Pasárgada,simbolicamente representada pelo sono profundo ao meu ver, a insônia nos puxa para uma ilusão real.
Abraços amigo
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