Eis o momento dos psicopatas. Eu confesso que estou aprendendo muito com novelas. Hoje estou apaixonado pelo roteiro de Gloria Maria Ferrante Perez, e seus maravilhosos personagens da novela Caminhos das Índias. Não tenho como não ficar impressionado com a personagem Ivone, interpretada pela maravilhosa Letícia Sabatella.
Mas enfim, decidir tentar escrever hoje sobre os psicopatas, para mim se resumi nos “mau caráter” e o seu tempo, como diz o personagem Tchatcha, estamos no “tempo de Kali Yuga”, é a era de ferro, tempos da intoxicação, a prostituição, a matança de animais, a destruição da natureza e a jogatina. Essa é a era em que a gratificação dos sentidos é a meta da existência e acredita-se somente no que se vê — não existe misericórdia.
O que seria caráter? Caráter é a soma de hábitos, virtudes e vícios, é a imagem interior de uma pessoa. Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade. Já cheguei a acreditar que o mesmo pode ser influeciado pelo meio em que vive, mas tenho minha duvidas hoje, sobre essa construção.
Voltando a personagem de Leticia Sabatella (Ivone), pois é um exemplo de “caráter duvidoso”, no caso dela, os psicólogos dizem ser psicopatia. Primeiro quero deixar claro que não sou defensor dos maus caráter. Mas fiquei sim meio sensibilizado, por Ivone quando descobrir que segundo alguns pesquisadores, a psicopatia é resultado da falta de superego (Consciência indireta: moral X exacerbação dos instintos), isso faz com que a pessoa acometida por essa “doença” cometa seus crimes e não sintam culpas. Fiquei realmente sensibilizado com o destino dessas pessoas. E pesquisando mais a fundo, eu realmente não sei mais o que pensar.
Cheguei acreditar em inocência, pelo fator de “não-escolha”, mas normalmente nos textos que encontro está palavra estar ligado ao fato de ser bom, de ser criança ou não ter malícia, e como não acredito em bondade, nem no conceito de que criança é um ser inferior ao adulto, e mais ainda como tenho a certeza que todas as pessoas são maliciosas, resolvi não me aprofundar no assunto.
Quando ainda pesquisava sobre os causas e as possibilidades de um psicopata, me lembrei de um psicopata que o cinema divulgou, o Hannibal Lecter, da trilogia (Hannibal, o Silencio dos inocentes, Dragão vermelho e Hannibal – A origem do mau), mais ainda passei a acreditar que é preciso ter cultura e entendimento para ser um psicopata.
Segundo pesquisas Hannibal foi realmente um personagem real, nasceu na Lituania, e segundo especulações era descendente dos Sforza, (família temida por seus terríveis e brutais atos) e dos Visconti (Importante familia da região de Milão que possuia o apelido de Dragão Antropófago, daí se retira a sua tendencia canibalesca), segundo o filme Lecter cresceu em meio a segunda guerra mundial, onde sofreu com a morte de seus familiares pelos próprios lituanos. Passando-se alguns anos, Hannibal torna-se doutor em Psiquiatria, viajava pelo mundo conhecendo novas culturas e delicia-se com seus crimes, saliento para quem não assistiu os filmes que Lecter é uma pessoa simpática, culta e de expressões sensatas. Com a leitura que fiz do filme, tenho certeza que ele tem consciência dos seus atos. Consciência é a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente, e como Lecter era formado em Psicologia, deve ter noção dos casos de forma aprofundada tendo por base, a introspecção, que nada mais é do que auto-exame dos pensamentos, impressões, sentimentos próprios e capacitadade de julgar. Isso tudo muito me lembra Ivone.
Mas o que eu não entendi até agora, é o que nos leva a ter sentimento de ódio e as vezes compaixão por Ivone e Hannibal. Talvez seja o fato de todos nós termos um pouco deles. Agimos feito psicopatas e sabemos de fato que estamos doentes, vide a quantidade de gente que se diz vingada com as cenas de violência amplamente divulgada e debatida da personagem Melissa Cadore (“a mulher voluvel”) e com Ivone (“a pisicopata”) da novela Caminhos das India. Como diria Geovane Improta da novela Senhora do destino: “Quanto mais eu vivo mais me contradigo” Eu digo mais ainda: No fundo no fundo, somos uma mistura de Ivone e Hannibal, na eterna procura do analista.
Reinaldo Sousa. 11 de agosto de 2009.
Mas enfim, decidir tentar escrever hoje sobre os psicopatas, para mim se resumi nos “mau caráter” e o seu tempo, como diz o personagem Tchatcha, estamos no “tempo de Kali Yuga”, é a era de ferro, tempos da intoxicação, a prostituição, a matança de animais, a destruição da natureza e a jogatina. Essa é a era em que a gratificação dos sentidos é a meta da existência e acredita-se somente no que se vê — não existe misericórdia.
O que seria caráter? Caráter é a soma de hábitos, virtudes e vícios, é a imagem interior de uma pessoa. Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade. Já cheguei a acreditar que o mesmo pode ser influeciado pelo meio em que vive, mas tenho minha duvidas hoje, sobre essa construção.
Voltando a personagem de Leticia Sabatella (Ivone), pois é um exemplo de “caráter duvidoso”, no caso dela, os psicólogos dizem ser psicopatia. Primeiro quero deixar claro que não sou defensor dos maus caráter. Mas fiquei sim meio sensibilizado, por Ivone quando descobrir que segundo alguns pesquisadores, a psicopatia é resultado da falta de superego (Consciência indireta: moral X exacerbação dos instintos), isso faz com que a pessoa acometida por essa “doença” cometa seus crimes e não sintam culpas. Fiquei realmente sensibilizado com o destino dessas pessoas. E pesquisando mais a fundo, eu realmente não sei mais o que pensar.
Cheguei acreditar em inocência, pelo fator de “não-escolha”, mas normalmente nos textos que encontro está palavra estar ligado ao fato de ser bom, de ser criança ou não ter malícia, e como não acredito em bondade, nem no conceito de que criança é um ser inferior ao adulto, e mais ainda como tenho a certeza que todas as pessoas são maliciosas, resolvi não me aprofundar no assunto.
Quando ainda pesquisava sobre os causas e as possibilidades de um psicopata, me lembrei de um psicopata que o cinema divulgou, o Hannibal Lecter, da trilogia (Hannibal, o Silencio dos inocentes, Dragão vermelho e Hannibal – A origem do mau), mais ainda passei a acreditar que é preciso ter cultura e entendimento para ser um psicopata.
Segundo pesquisas Hannibal foi realmente um personagem real, nasceu na Lituania, e segundo especulações era descendente dos Sforza, (família temida por seus terríveis e brutais atos) e dos Visconti (Importante familia da região de Milão que possuia o apelido de Dragão Antropófago, daí se retira a sua tendencia canibalesca), segundo o filme Lecter cresceu em meio a segunda guerra mundial, onde sofreu com a morte de seus familiares pelos próprios lituanos. Passando-se alguns anos, Hannibal torna-se doutor em Psiquiatria, viajava pelo mundo conhecendo novas culturas e delicia-se com seus crimes, saliento para quem não assistiu os filmes que Lecter é uma pessoa simpática, culta e de expressões sensatas. Com a leitura que fiz do filme, tenho certeza que ele tem consciência dos seus atos. Consciência é a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente, e como Lecter era formado em Psicologia, deve ter noção dos casos de forma aprofundada tendo por base, a introspecção, que nada mais é do que auto-exame dos pensamentos, impressões, sentimentos próprios e capacitadade de julgar. Isso tudo muito me lembra Ivone.
Mas o que eu não entendi até agora, é o que nos leva a ter sentimento de ódio e as vezes compaixão por Ivone e Hannibal. Talvez seja o fato de todos nós termos um pouco deles. Agimos feito psicopatas e sabemos de fato que estamos doentes, vide a quantidade de gente que se diz vingada com as cenas de violência amplamente divulgada e debatida da personagem Melissa Cadore (“a mulher voluvel”) e com Ivone (“a pisicopata”) da novela Caminhos das India. Como diria Geovane Improta da novela Senhora do destino: “Quanto mais eu vivo mais me contradigo” Eu digo mais ainda: No fundo no fundo, somos uma mistura de Ivone e Hannibal, na eterna procura do analista.
Reinaldo Sousa. 11 de agosto de 2009.
Um comentário:
Ah, Rei, sacanagem!
Era pra você ter lido "Gaiola" também, sabia?! Tem um pouco haver com que escreveu.
Quanto a compaixão e termos um pouco deles... bem... Humano sempre é um caiza de surpresas, né?! A diferença é que, os que se dizem humanos em normalidade, nunca chegam ao extremo, como estes tipos de pessoas.
É o que trato em "Gaiola". Trato de dois extremos, o positivo e o negativo para a nossa sociedade.
Abraços, irmão
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