Não posso negar minha estrada. 
Nem posso agir como se as estações, 
Não tivessem trazido marcas a minha face. 
Preta, nossa série completou. 
Finalizou aquele ciclo dos românticos, 
Dos sonhos de adolescentes,
  E daquela dança que nunca valsamos. 
Não há mais tempo para nós. 
E mesmo me sentindo ditoso em tê-la. 
Amanhã não desejo mais vê-la. 
Não desejo mais tocá-la. 
Não desejo mais... 
Só que siga suas próprias estradas, 
Que durma o sono dos que não sonham, 
E que acordam contentes. 
Antes do sono, masturbe-se, 
Ouvindo aquelas musicas, 
  que balançava e alçava a chama, 
aquelas que nos consumiam a noite. 
Só isso pode pertencer a você, 
As lembranças e as marcas no corpo.
  Pois de resto, sou uma criatura livre, 
Sem laços, sem freios e sem frutos.
Desculpe-me amor, evolui.
Reinaldo Sousa. 14 de março de 2011
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