Sou eu o mar, o sol, o ocaso.
Sou a luz, o vazio, o descaso.
Sou o Egito, a tumba, o faraó.
Sou o cansado, o deprimido, o sem farol.
Eu filho do velho, do sol, do mar, da brisa.
Sou o jogado no calor, na grandeza, numa ilha.
Sou o sobrepujado, o esgotado, o mendigo, o calado.
Eu filho do desgosto, da lamuria, e do desgraçado.
Sou eu o vento que sopra o mar.
Sou eu o vento que sopra.
Sou eu o vento.
Sou eu.
Salvador, 1 de janeiro de 2009.
Reinaldo Sousa, uma homenagem ao Ano Velho.
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