segunda-feira, 15 de junho de 2009

Eu não quero amar - Parte 2


Eu quero acreditar no amor, na construção de algo a dois. Mas, eu sonho demais com a grandeza de uma liberdade que assusta minhas vitimas. Pois é, sou eu o algoz dos mundos românticos dos meus amores, eu destruo os sonhos das transas silenciosas, acalentada de suor e movimentos agressivos das minha vitima.

Sou eu o capataz, subjugando os escravos a dura e árdua tarefa de correr atrás das minhas correntes. Eu sou a raposa que adentra o cercado e destroça calado as ovelhas, que mais tarde sai nas fezes como lobos. Mas eu sou o lobo. Eu sou o frio, o agressor, o resto é tudo vitima.

Mas eu sei que não nasci para amar, sou calculista. Os que calculam os riscos, não amam. Amar é roleta russa com o revolver todo preenchido de bala. Torcemos para ter a sorte de não sair pelo cano nenhumas delas. E que a sorte estejam com todos.


Reinaldo Sousa. 16 de junho de 2009.

3 comentários:

Genilson disse...

Hum, será que vc não está confundindo amor com paixão? Só para pensar.

César Neto disse...

Amor e paixão se confudem. Prefiro me abster delas!

Srta Schwab disse...

o amor tbm enlouquece... mais ainda do que a paixão.
O amor é cego... e nos cega.
=/