sábado, 13 de junho de 2009

Sonho Profético

Gustave Doré: Don Quijote de La Mancha and Sancho Panza, 1863

Hoje eu tive mais uns dos meus sonhos proféticos. Sonhei que era um bravo, como os titãs. Combatia meus inimigos com força e rigor extremo. Incorruptível, meus companheiros eram meus braços, minhas pernas, e conquistar era fácil. Alexandre da Macedônica se curvou diante do nosso exercito, Esparta e seus temidos guerreiros, eram formiga em nossas mãos. Não havia exercito no mundo que nos deter-se. Tínhamos um sonho, o sonho de ser livre, de conquistar riquezas e melhoras para nosso povo, enfim, sonhávamos o sonho de todos os grandes conquistadores.
Acordei. Ao meu lado, o vazio e o silêncio das coxias, as espadas jogadas no chão, e alguns elmos com as cabeças cortadas no espeto. Em meu peito um calcanhar de um homem branco com bigodes grisalhos, com uma enorme estrela vermelha no peito, e as outras cores o acompanhava. Em meio à névoa que se cobria de sangue no ar, vi alguns dos meus antigos companheiros gritando e saudando o nome do nosso inimigo. Virei ao lado e não quis mais sonhar. Quis acordar dos sonhos. Só não sabia que já estava acordado. Então "quixotiei".


Reinaldo Sousa. 13 de junho de 2009.

2 comentários:

César Neto disse...

Eu captei as mensagens subliminares. Eu captei! rsrsrsrs

Diego Pinheiro: disse...

Simplesmente digo isso - "Ronaldo precisa ler esse texto!"
rsrsrs...