Behmen, o personagem de Nicolas Cage, um dos meus atores favoritos, é um cavalheiro que lutou por vários anos nas Cruzadas, ganhou inúmeras batalhas, matando e saqueando em nome da Igreja que se proclamava a serviço de Cristo. Justificando as mortes e as violências acometidas como um ato de justiça, já que os que a sofriam eram considerados pecadores e pagãos, e a morte e o sofrimento os ajudariam na redenção e no perdão divino.
Behmen é um típico cristão da idade das trevas. Cego e intolerante, o que o salva é seu padrão de honra, que difere dos demais homens daquela época. Então deserta da guerra, por acreditar que matar mulheres e criança em nome de deus e da igreja, fere seus princípios de humanidade e dignidade. Surpreende-se com sua própria bestialidade ao ter sua espada enfiada no peito de uma mulher que não aparentava nenhum risco a igreja e a deus.
Ao sair da guerra, ele só encontra devastação, fome e a “peste branca”, (estou apenas fazendo uma correção história e fílmica já que não visualizei nenhuma pele negra na película). Deparando-se num vilarejo onde um cardeal parece assumir o poder de governante, e após tentativa sem êxito de fazer com que Behmen leve a causadora da invocação da “peste branca”, aprisiona o herói cristão nas masmorras.
Nas masmorras, Behmen conhece a menina acusada de bruxaria. Aparentemente uma jovem inocente. Confuso com as cenas que precederam, resolve libertar da igreja a jovem, levando-a para o mosteiro onde teria um “julgamento justo”. Mas antes de chegar ao destino eles descobrirão que ela possui, realmente, forças sobrenaturais e que o mal que eles enfrentarão está além de toda e qualquer compreensão.
Não foi um filme que me surpreendeu, no entanto daria para puxar o fio de discussão sobre a relação igreja, bruxas e mulheres, e pode ser proveitoso como estimulante para meditação da vida religiosa e da humanização das ações humanas, vale a pena conferir.
Reinaldo Sousa.
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