sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Verdade!

Eu sempre te amei.

Pois vi nos teus olhares,

a janela da morte,

e da ceifa dos meus sonhos.

Vi na tua pele negra,

meu deleite e prazer,

a extenuação dos meus ideais,

a sombra de minha fragilidade,

a força das minhas vontades.

Há em teu sexo,

o vicio amargo e regresso.

Existe prisão em tuas pernas.

Existe masmorra em teus seios.

Que me deixo prender,

sem vontade de julgamento,

e sem prova da minha fraude.

Aceito as minhas prisões,

por que, tudo é somente vontade.

Verdade!

Eu sempre te amei.

Pois desejamos o que nos devasta,

devastando o que desejamos.

E sempre existiu em todo ser,

a vontade de não ser.

No mais, é verdade!

Eu sempre te amei.


Reinaldo Sousa, 18 de fevereiro de 2011.

Nenhum comentário: