Dia de Pensar
Era quase noite. E como aqueles dias depois de um longo verão, o céu estava escuro e mau se via gente. Chovia. Água caia do céu como nunca vi dantes, e meus olhos percorriam fora da janela procurando algo. Aquele dia não terminaria tão cedo, foi o que pensei. Depois andei pela sala pensando em varias coisas, nada que seja significante para contar. É sempre assim. Não penso em nada que se vale à pena pensar, quanto mais comentar. Vivo nuns momentos ocos, falsos e sempre vazios. Logo cansei de pensar. Sentei-me na poltrona, olhei para o telefone e rapidamente, como uma bala, lembrei-me de algo de relevante para se pensar. Nela. Sempre achei que sonhar acordado é o melhor a fazer, do que dormir sonhando. Então pensei na sua boca, linda boca negra, lábios grossos, olhos negros, face altiva, uma deusa. Sempre sonhei com minha boca colada naqueles lábios, numa tarde como aquela. Sonhava, sentia e pensava como os donzelos, e suas ânsias. Todos nos já fomos virgens um dia, mas agora rimos deles. Isso é a vida. Mas continuando, poderia até ouvir nos sons da chuva sua voz, voz de menina, que não é moça. Não me refiro a castidade, mas a uma infanta que é mulher, cheira a mulher. Eu bem conheço esse cheiro em seus cabelos, que sempre sentir sem ela notar. Um cheiro de terra molhada, terra invadida. Fazia-me bem sonhar com aquele cheiro, mas até do que imaginar telefonar. Num ímpeto, tirei a minha roupa. Os homens se vestem para cobrir a sua vergonha, usam camisas para cobrir seu caráter, as calças para cobrir as sujeiras, e cueca para cobrir sua fragilidade. Eu como sou um homem comum, tentei despir-me. E o consegui. Não me importava com o frio, ele me parecia à pele dela. E numa mistura que nunca sentir de calor e frio, minhas mãos percorriam meu corpo, como se tocassem o dela. Fui ao pescoço, nos peitos, no umbigo, dentro das pernas e parei. Poderia ficar ali a minha vida toda. A chuva parou. Os sentimentos e as emoções esvaíram-se com as gotas. Logo eu estava oco, e pude ver o verão. O dia terminou cedo.
Era quase noite. E como aqueles dias depois de um longo verão, o céu estava escuro e mau se via gente. Chovia. Água caia do céu como nunca vi dantes, e meus olhos percorriam fora da janela procurando algo. Aquele dia não terminaria tão cedo, foi o que pensei. Depois andei pela sala pensando em varias coisas, nada que seja significante para contar. É sempre assim. Não penso em nada que se vale à pena pensar, quanto mais comentar. Vivo nuns momentos ocos, falsos e sempre vazios. Logo cansei de pensar. Sentei-me na poltrona, olhei para o telefone e rapidamente, como uma bala, lembrei-me de algo de relevante para se pensar. Nela. Sempre achei que sonhar acordado é o melhor a fazer, do que dormir sonhando. Então pensei na sua boca, linda boca negra, lábios grossos, olhos negros, face altiva, uma deusa. Sempre sonhei com minha boca colada naqueles lábios, numa tarde como aquela. Sonhava, sentia e pensava como os donzelos, e suas ânsias. Todos nos já fomos virgens um dia, mas agora rimos deles. Isso é a vida. Mas continuando, poderia até ouvir nos sons da chuva sua voz, voz de menina, que não é moça. Não me refiro a castidade, mas a uma infanta que é mulher, cheira a mulher. Eu bem conheço esse cheiro em seus cabelos, que sempre sentir sem ela notar. Um cheiro de terra molhada, terra invadida. Fazia-me bem sonhar com aquele cheiro, mas até do que imaginar telefonar. Num ímpeto, tirei a minha roupa. Os homens se vestem para cobrir a sua vergonha, usam camisas para cobrir seu caráter, as calças para cobrir as sujeiras, e cueca para cobrir sua fragilidade. Eu como sou um homem comum, tentei despir-me. E o consegui. Não me importava com o frio, ele me parecia à pele dela. E numa mistura que nunca sentir de calor e frio, minhas mãos percorriam meu corpo, como se tocassem o dela. Fui ao pescoço, nos peitos, no umbigo, dentro das pernas e parei. Poderia ficar ali a minha vida toda. A chuva parou. Os sentimentos e as emoções esvaíram-se com as gotas. Logo eu estava oco, e pude ver o verão. O dia terminou cedo.
Dedico esse conto a meu amigo DIEGO PINHEIRO, que me despertou, para escrever além de poemas, muitas outras coisas.
Reinaldo Sousa. 17 de janeiro de 2009.
10 comentários:
Reinaldo.
Ótimo conto! Aliás você seguiu o pé da letra e contou! shushuashua.
Esse texto é sem dúvida a sua cara, você demonstra nele o mesmo monarquico que conheço. Todo monarca é romantico e há romance nesse conto, eu vejo.
Abraços
César Neto
Rapaz o que é isso, saiu dos poemas para o mundos dos contos é? Muito bom!!!! Bem ousado para um rapaz tímido. Sem falar na figura, caiu perfeitamente no conto, você tá que tá em? Abraçusssss, meu caro amigo!
viuxeeeee
sua mão ficou onde mesmooo? kkkkkk
essa negra sou eu confesse! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
brincadeiras a parte adorei o conto
não sabia que gostava de escrever contos heróticos
beijos nessa mão ai meu rei! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tem coisas que a gente nunca conta a ninguém por mais proximo que ela seja. Esse conto não é pornografico, não pareceu para mim. Quem nunca se masturbou? Desteto gente hipocrita, pois já fui e talvez ainda seja.
Parabés pelo conto Reinaldo, fiquei surpresso também, mas já imaginava que você poderia escrever quaisquer coisas, pelos poemas que me manda.
Fabricio
Galera obrigado! E aguardem as novas postagem! Me supero a cada dia! Abraços a todos e a todas!
Sem estresses!
Rei, como sempre seus textos são incríveis. Eu pude em alguns momentos enxergar o lugar, o sentimento e uma pessoa nessa situação, a única coisa que acho é que você deveria ter explorado mais o a "figura pensante", acho que o texto poderia ter sido maior. Excelente meu Rey! Grande abraço cineclubista.
Um tanto picante!!!!
Contudo ótimuuuuuuuuuuuu
parabéns mô rey!
nil
Hum! Quem é Diego Pinheiro? Não vejo nenhum poema seu, nem tão pouco contos dedicados a mim! Aff magoei! rsrsrsrsrsrsrsrs.
Brincadeira, meu amado amigo! Lhe amo!
Putz... Obrigado, Rei!
Na verdade o talento em você já era latente, já que escrevia, quer dizer, escreve poemas. Eu que nunca escreverei poemas tão bons quanto os seus, mas na verdade busco essa possibilidade... Possibilidade de que minhas poesias sejam tão boas quanto as suas, meu amigo!
Abraços... e como disse, esse conto é muito bom, gosto da maneira que descreve os fatos.
Olha, esse conto é muito sensual. Você falou sobre uma coisa que ainda é um tabu( sim, porque as pessoas têm ainda muito problema pra falar sobre isso) de uma forma poética, porém perfeitamente compreensível e igualmente apaixonante. Massa!!!
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