quarta-feira, 30 de setembro de 2009

À Valquiria Costa

Quem nos teus olhos,
não mergulhou em segundos,
e aceitou o calor?
Reconhecendo nos sentidos,
a força que emana e afasta,
os imperfeitos do seu chalé.
Fui repelido!
Mas fui laçado pelos teus dreads,
Que cheira a alfazema!
Que cheira a almíscar!
Só existe em teus olhos,
o reino da orixá – odoya!
Muitos reinos se fazem em tua boca saphica,
e logo o opressor – nós mesmos,
a atiramos no mítico penhasco do exílio.
Quem nunca ouviu tua voz de lá,
clamando por justiça,
não distingue o significado,
de existir em movimento,
mesmo que enjaulada.
Não distingue
viver em guerra ao viver
nas ilhas belas de Lesbos – A casa de Saphu,
não descobrem a feminilidade,
vêem a insana que existe unicamente
nos olhos de quem vê,
na essência de quem calunia.
Valquíria minha irmã,
que teus dias sejam
acrescentados no exílio – o mundo,
para que possamos
ouvir teus gritos.
Amo-te!


Reinaldo Sousa. 30 de setembro de 2009.

2 comentários:

César Neto disse...

Parabéns Valquiria!!! A tão falada Valquiria... shushushushus

Anônimo disse...

Parabéns!!!!