Festa em família
Não sei como começar. Não sou bom em contar, desenhar ou escrever. Mas sinto em mim e, é maior do que eu, falar sobre essas coisas. Tenho ânsia de contar, como tenho desespero de fugir desse lugar.
Eu sempre acreditei em família, via nas festas de finais de ano, minha inveja declarada ao mundo. Infeliz, eu sempre me achava. O natal era para mim a grande festa, o nascimento de uma comemoração sem significados, mas com esperança de família reunida e risadas ecoando pela sala. Era meu único sonho. As crianças sonham demais, e guardam seus sonhos, eles atravessam os tempos e elas não sentem. Talvez, tenha sido assim comigo.
Eu estava na sala, e por um momento ouvir uns sons, corri. Fui até a porta, e abri-la como se disso dependesse a minha vida. Para minha surpresa, minha tia que mora em frente recebia algumas visitas. Não tive reação, fiquei parado na porta, olhando a casa dela. Mas depois como uma avalanche de pensamentos, indaguei “como pode?”. Minha tia é uma cobra, daquelas que picam, sem fazer cerimônia, e se fazem de santa nos bancos dos santos. Enquanto minha mãe era uma pessoa boa. Eu necessitava de muitas respostas, mas quem me daria?
Então, continuei olhando para casa de minha amada tia, numa mistura de sentimentos de criança, que o papai noel não visitou a chaminé, e tive ainda o prazer dela me notar, e então sem formalidade alguma, olhou nos meus olhos e cerrou a porta na minha cara.
Mesa posta, comida diversificada, minha mãe no fogão, quase meia noite. Chegava o momento, e a campainha não tocava. Meus sentidos andavam pela sala adornada, com luzes e muito verde. Adoro verde. O verde com certeza é a cor, que predomina no meu guarda roupa e nas florestas, representa a vida e segundo alguns a esperança. Eu não me lembro de ter visto outra cor naquela sala, e até as luzes surgiam com tons do mesmo verdejado que vem dos enfeites. Lembro-me também de não tirar os olhos da porta, a quaisquer momentos poderia adentrar a minha esperança, foi o que imaginei. Minha mãe, por vezes chegava até a sala, colocava algo na mesa e voltava calada a cozinha.
Eu não sei como, mas eu tinha certeza que aquele natal seria o melhor de minha vida. Então respirei fundo e voltei a olhar para os enfeites.
Reinaldo Sousa. 17 de janeiro de 2009.
Não sei como começar. Não sou bom em contar, desenhar ou escrever. Mas sinto em mim e, é maior do que eu, falar sobre essas coisas. Tenho ânsia de contar, como tenho desespero de fugir desse lugar.
Eu sempre acreditei em família, via nas festas de finais de ano, minha inveja declarada ao mundo. Infeliz, eu sempre me achava. O natal era para mim a grande festa, o nascimento de uma comemoração sem significados, mas com esperança de família reunida e risadas ecoando pela sala. Era meu único sonho. As crianças sonham demais, e guardam seus sonhos, eles atravessam os tempos e elas não sentem. Talvez, tenha sido assim comigo.
Eu estava na sala, e por um momento ouvir uns sons, corri. Fui até a porta, e abri-la como se disso dependesse a minha vida. Para minha surpresa, minha tia que mora em frente recebia algumas visitas. Não tive reação, fiquei parado na porta, olhando a casa dela. Mas depois como uma avalanche de pensamentos, indaguei “como pode?”. Minha tia é uma cobra, daquelas que picam, sem fazer cerimônia, e se fazem de santa nos bancos dos santos. Enquanto minha mãe era uma pessoa boa. Eu necessitava de muitas respostas, mas quem me daria?
Então, continuei olhando para casa de minha amada tia, numa mistura de sentimentos de criança, que o papai noel não visitou a chaminé, e tive ainda o prazer dela me notar, e então sem formalidade alguma, olhou nos meus olhos e cerrou a porta na minha cara.
Mesa posta, comida diversificada, minha mãe no fogão, quase meia noite. Chegava o momento, e a campainha não tocava. Meus sentidos andavam pela sala adornada, com luzes e muito verde. Adoro verde. O verde com certeza é a cor, que predomina no meu guarda roupa e nas florestas, representa a vida e segundo alguns a esperança. Eu não me lembro de ter visto outra cor naquela sala, e até as luzes surgiam com tons do mesmo verdejado que vem dos enfeites. Lembro-me também de não tirar os olhos da porta, a quaisquer momentos poderia adentrar a minha esperança, foi o que imaginei. Minha mãe, por vezes chegava até a sala, colocava algo na mesa e voltava calada a cozinha.
Eu não sei como, mas eu tinha certeza que aquele natal seria o melhor de minha vida. Então respirei fundo e voltei a olhar para os enfeites.
Reinaldo Sousa. 17 de janeiro de 2009.
6 comentários:
FELIZ NATAL!
shuashuashuashua!!!
Onde voce pegou esse texto, foi no google? shuashuashua!!!!
quem sabe, sabe!!
um forte abraço de admiração!!
Heduardo
Eu não me sinto obrigado a responder para ANÔNIMOS, mas nesse caso... Seja lá quem for, sinta-se a vontade para voltar, e mais ainda sinta-se a vontade para indentificar-se.
E obrigado pelo elogio!
pow vei parabens gostei paks do seu modo de escrever lembra muito a infancia muito legal! sou seu fã rsrsrs
Sempre esperamos que nossa família seja tudo para nós, talvez pelo simples fato de ser família... Mas mesmo nela, temos o desprazer de encontrar com aqueles que de certa forma iram nos fazer mal, até mesmo em um ato de olhar!
Grande Anônimo!!!!!!!!
Esse nome você encontrou no google?
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